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Caracterização: revelando o seu doutor palhaço!


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Não só de oficinas e intervenções vive um doutor palhaço. A caracterização é uma etapa importantíssima, ô se é! Você pergunta: Como assim? Vamos imaginar a Cinderela, quando estava escrava das irmãs malvadas, naquelas roupas rasgadas e bem sujinhas. Você acha que ela teria conquistado o príncipe daquele jeito? Ou teria tido coragem de ir ao baile? Tudo bem, vamos deixar a Cinderela de lado ali um pouquinho, já que não tem muito a ver conosco, mas deu para ter uma ideia certo?


A ideia é: a caracterização não apenas vai te definir como doutor palhaço (ou seja, te dar a aparência de um), mas vai te definir internamente, permitindo uma metamorfose para o seu doutor palhaço, o seu personagem. Ok, ok, vou trazer Cinderela de volta rapidinho, me perdoem. Cinderela sem seu vestidão rodado e sapato de cristal é a gata borralheira, que é uma pessoa legal, nada contra, mas não vai permitir que a história tenha aquele final feliz né? Ia ficar presa naquela sua vida normal que teve até então. Dá licença agora, Cinderela, pode ir.


Mas como coisas materiais, como tintas de rosto, um nariz vermelho e um jaleco, podem te mudar tão profundamente? Ah meu querido, é tão simples. Nós, seres humanos (desculpa aliens, não sei quanto a vocês) nos metamorfoseamos de acordo com nossa vestimenta, na verdade ela torna-se uma extensão de nós, um manifesto de espírito. Vai dizer que você não olha para uma pessoa e dependendo da roupa já sabe: ah, é gótica! É patricinha! Todo fulano, ciclano e beltrano querendo ou não põe um pouquinho do que sente no que está vestindo. Ou vai dizer que naquele domingão de preguiça boa, você não fica na roupa mais confortável possível (isso se você fica né, vai saber…) porque hoje é o dia, o sagrado dia de não-saio-de-casa-de-jeito-nenhum-não-me-incomode. Vamos lá, você tá pegando a ideia.


O seu personagem precisa disso! Que você prepare seu espírito e na sua cabeça venha tudo que você treinou, ouviu, aprendeu, mexeu, remexeu e mexeu de novo nas oficinas, reuniões e intervenções, e fixe lá no seu cérebro, tirando de tudo um cadinho, que vai se juntando como um quebra cabeças e fale: pronto, é esse seu personagem! Vai e se joga amigo!



Quando vamos estrear como doutor palhaço, a sua tão sonhada formatura, você já vai ter sido orientado a pensar no que precisa para sua metamorfose: que maquiagem você vai usar? Que adereços vai usar? Que ferramentas vai levar? Qual vai ser sua roupa debaixo do jaleco? E mil e uma outras perguntas surgiram que vai te levar, a cada escolha, a cada passo dado e decidido ao seu personagem. E quando você vai se olhar no espelho, resultado final, já vai saber: Opa, não sou mais fulano! Quem é essa pessoa? Quem é esse doutor(a) palhaço(a)? E pum! Claro, como eu não soube antes? É o doutor(a) beltranodilson, que gosta disso, daquilo e aquilo outro, brinca assim assim assado, e tem um jeitinho xis. Aí está, o seu/sua doutor(a) palhaço(a)!



E acompanhando esse processo, que acontece cada um a seu tempo, estão os demais doutores palhaços, caracterizando-se e descaracterizando-se ao mesmo tempo que você. Por quê? Ninguém no mundo está sozinho meu amigo(a), e muitas vezes no processo de se descobrir na frente do espelho seu/sua doutor(a), eles vão te auxiliar vendo, ajudando e até falando: nossa, você é tão assim assado! Já pensou se esse fosse seu nome? Pronto, mais um passo dado! Além disso, ajuda a chegar no espírito do besteirologia, ao se arrumar juntos vai rolando cantoria, dancinhas bizarras, piadas e conversa tão frouxa quanto o riso é! Por isso, caracterizar e descaracterizar (essencial para você voltar a si mesmo, largar o personagem e trocar experiências no processo) é sempre em conjunto no projeto!


E aí, bora pro baile? Cuidado para não esquecer o sapatinho de cristal!

PS: Não inventa de praticar sapateado, cristal pode quebrar ;)


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